segunda-feira, 29 de março de 2010

Soube a pouco...

Foi na solarenga tarde de domingo, que a nossa equipa se deslocou a Estremoz, para aí defrontar a turma local orientada por José Mourão. No sempre muito ventoso estádio do CFE, o primeiro facto a assinalar, foi mesmo para o público afecto à SUP, que se deslocou em bom número para apoiar a equipa. Feito o sorteio, era altura de o senhor Pedro Ramalho apitar para o início à partida. Os momentos iniciais, mostraram a toada de toda uma primeira parte. A SUP entrou com uma forte atitude, determinada a vencer o jogo, e consequência disso foram as oportunidades criadas na primeira parte. Primeiro por Tó Manel, que beneficiando de uma rápida transição, e de um subtil desvio de cabeça de Cláudio se conseguiu isolar perante o GK adversário, mas não o conseguiu desfeitear. Seguiram-se duas fantásticas acções de Muga pela esquerda. Vamos por partes. Na primeira Muga ocorre a um passe longo de Tó Manel que o descobre na esquerda, e este consegue arrancar já “in extremis” um grande cruzamento que a defesa alivia com dificuldade. Seguiu-se um daqueles lances que qualquer adepto de futebol admira, independentemente de quem o protagonize. Muga recebe a bola na esquerda, encara o defesa, e depois de duas simulações magníficas, deixa o opositor cravado no relvado, e tira um cruzamento que os estremocenses atempadamente cortaram. Este foi o melhor período que a SUP teve no jogo, e mercê disso dispôs ainda de mais duas oportunidades antes da derradeira delas. Primeiro com um excelente cruzamento de Fábio Silva, que coloca a bola ao segundo poste, mas Luís Biafra estava um pouco atrasado e seguidamente Muga, a papel químico, vai novamente “para cima” do defesa e cruza para a área, mas ninguém acorreu à bola. A única bola em que o Estremoz poderia ter feito golo em todo o jogo, aconteceu sensivelmente ao minuto 35. Livre Lateral, bem cobrado ao segundo poste, e Luís Murteira traído pelo vento sai dos postes mas não consegue chegar à bola, que chega sim à cabeça de um jogador do CFE que a remata a centímetros do poste. Na resposta, a melhor oportunidade e em simultâneo o lance de maior dúvida de todo o encontro, pertenceu à SUP. Bola enviada com muita força para a ala direita, onde Luís Biafra não desiste do lance, e perante a atrapalhação do defesa com o guarda redes, Biafra consegue intrometer-se e ganhar a bola aos dois. A bola sobra para Cláudio que remata frouxo mas na direcção da baliza, e já se cantava golo um defesa, lança-se em carrinho e tira a bola em cima da linha de golo. Terá havido quem lhe pareceu golo, a outros nem tanto, apenas esperamos que o juiz de linha tenha ajuizado bem. A fechar a primeira parte, Godinho remata fortíssimo em boa posição á entrada da área, com a bola a sair muito por cima. Tudo para os balneários, que era tempo de intervalo. Para a 2ª parte, os dois treinadores mexeram e o jogo reflectiu-se com esta mudança. Se na SUP, as entradas de Pirika e Luís Paulo vieram conferir ainda mais agressividade nas alas, o CFE adquiriu mais consistência e equilibrou a luta no meio campo. Foi daqui em diante, um jogo mais rijo, mas sempre leal, com as defesas a levar sempre a melhor sobre os ataques, e sobretudo com menos oportunidades de golo. Ainda assim estas não faltaram, e quer fosse por Muga e Jó de livre, por Pirika e Luís Paulo em velocidade a combinarem bem e a pecarem apenas na finalização, ou novamente por Cláudio, que após um ressalto ganho por Luís Paulo se isola, e um defesa depois de uma grande recuperação, ainda consegue estorvar o remate de Cláudio. Fora estes lances o jogo foi sempre de muita disputa, muita transpiração e pouca inspiração, e as tentativas dos ataque resultavam sempre infrutíferas. Em suma, pode-se dizer, que a haver um vencedor, apenas poderia ser a SUP, que foi sempre mais perigosa, atacou mais, e teve sempre as manobras do CFE sempre bem manietadas. Mais do que ganharmos um ponto, sentimos que com uma pontinha de sorte teríamos trazido três, mas o futebol é assim mesmo, e noutras tardes ela nos ajudará. Uma última palavra para um destaque individual, coisa rara por estas bandas, pois o nosso colectivo será sempre a nossa arma, mas o esforço de Muga, que inferiorizado fisicamente batalhou 90 minutos, é algo que servirá de exemplo para toda uma classe de atletas amadores, sobre a melhor maneira de se estar no desporto amador.

Equipa Titular:
12-Luis Murteira
2-Tonho
4-Jorge Conde (cap)
5-Jó
7-Luis Godinho
9-Muga
10-Tó Manel
13-Bruno Martins <<<
14-Luis Biafra <<<
15-Claudio Cavacas <<<
18-Fábio Silva

Suplentes:
1-Fábio Lameira
3-Luis Serra
6-Miguel Roque
8-Luis Paulo >>>
11-Paulo Farias >>>
17-Pirika >>>
20-Arlindo

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